sábado, 6 de agosto de 2011

UM ASSUNTO MUITO POLÊMICO



Sim, amigos. No post de hoje falarei sobre mamilos.

      E tudo começou com a corrida de hoje. Finalmente, depois de tratar (na verdade ainda estar tratando) o joelho, estou novamente aumentando o tempo e a quilometragem das minhas corridas. Atualmente tenho me preparado pra correr 10K em outubro, no Circuito Vênus, e em novembro, no Circuito Athenas, e nessa semana tenho corrido 45min seguidos, o que dá aproximadamente 6K. Acho que vale a pena mencionar também que eu tenho usado um top de corrida novo, no mesmo modelo dos outros que eu tenho, mas um número menor (porque parece que emagreci ainda mais por causa da corrida, yay!).

      Enfim, estou eu lá correndo, num ritmo legal, já chegando ao fim da corrida, quando de repente começo a sentir uma queimação EXCRUCIANTE do lado esquerdo do peito, mais especificamente no seio esquerdo. Nessa hora meu lado hipocondríaco foi acionado, e as possibilidades que me vieram à cabeça nos dois minutos finais da corrida foram infinitas. Elas passaram de câncer de mama, rompimento do ligamento de sustentação dos seios a ataque cardíaco. Sim, eu cheguei a pensar que a queimação na verdade fosse uma dor no peito meio estranha que estivesse indicando o início de um infarto (!!!). Mas não me julguem, eu sou mega assustada e paranóica com essas coisas. 

      Nesse momento eu já estava ensaiando virar à direita para entrar correndo no hospital em frente ao qual eu estava passando pra pedir peloamordedeus pra ver um médico porque eu estava morrendo, mas decidi colocar a cabeça no lugar, deixar o pânico de lado e ver COM CALMA o que estava errado assim que a corrida acabasse.

      A corrida acabou uns 30s depois. Nesse espaço de tempo a ficha finalmente caiu do que provavelmente estava acontecendo, e eu, com um misto de dor/horror no rosto olhei apavorada pra minha camiseta de corrida esperando ver algo parecido com isso:

Bloody nipples, eeeew!!!!

      Mas não. Por sorte a situação não estava feia a esse ponto. Mas sim, eu finalmente fui vítima do que as revistas de corrida por aqui chamam de 'chafing', que nada mais é que um atrito que causa assaduras.

      No entanto, como quase que exclusivamente homens reclamam desse problema, eu achei que com meu top de corrida eu estivesse livre desse mal. Ledo engano. Não sei se foi o top novo, mais apertado, que ao invés de segurar melhor teve o efeito contrário por estar de repente justo demais, ou se foi a quilometragem aumentada, ou se foram os dois combinados, mas fato é que eu descobri da forma mais dolorosa possível que mulheres também podem sofrer com isso.

      Então deixo aqui algumas dicas, para homens e mulheres, para que vocês não passem pelo que passei hoje:

      1) Camisetas de algodão: Tomem extra cuidado se vocês correm com camisetas de algodão. Elas parecem super confortáveis, mas o atrito da pele com o algodão é bem maior em comparação ao atrito que ocorre quando você usa tecidos dri-fit/especializados pra corrida.

         2) Top de corrida: Essa, obviamente, é só para as meninas. Um top de corrida bom não pode ser de algodão, tem que sustentar o suficiente sem deixar nada espremido, e de preferência tem que ser feito de um tecido que não acumule muito suor, porque ele pode acabar piorando as assaduras. Esse modelo aí ao lado, da Nike (ó a propaganda gratuita), é exatamente o que eu uso. Ele não é decotado nem tem nada de especial, mas faz o principal, que é segurar tudo no lugar.

     

      3) Band-aids: Essa pode funcionar bem pra homens (que não são muito peludos =P), e segundo a Runners' World, é uma das formas mais eficazes de previnir o problema. O ideal, ainda segundo eles, é colar o band-aid no lugar no dia anterior se possível, pra dar mais tempo de ele aderir de verdade à pele. No entanto, eu não recomendaria essa estratégia pra mulheres, porque a assadura, pelo menos no meu caso, não ficou apenas na área central, toda a pele em volta ficou um pouco assada também. Aí não tem band-aid que dê conta de cobrir o seio todo.


      4) Bodyglide: Ele tem a textura daqueles desodorantes roll-on secos, mas é um pouco mais 'escorregadio' (a textura lembra um pouco uma parafina meio oleosa). Nada mais é do que uma espécie de bálsamo pra servir de proteção ou barreira entre sua pele sensível e o tecido. No entanto, por ser um produto mais especializado, ele pode ser mais caro e/ou difícil de encontrar por aí. Então a opção mais fácil e barata acaba sendo a boa e velha...



      4) Vaselina (aka geléia de petróleo): É barata, fácil de encontrar, e as revistas/websites de corrida dizem que esse é o jeito mais eficiente (embora um pouco melado, tenho que admitir) de evitar o problema. Eu já comprei o meu potinho, e prometo comentar aqui a respeito da eficácia dele num próximo post. Torçam pra que funcione, porque olha... corredor nenhum merece passar por isso.